domingo, 23 de maio de 2010


A Revolução Industrial e a Ciência

A Revolução Industrial foi o processo caracterizado pela mudança de uma economia agrária, baseada no trabalho manual, para uma economia dominada pela indústria mecanizada. Teve início na Inglaterra, país que, por volta de 1760, adiantou sua industrialização em 50 anos, em relação ao continente europeu, e assumiu uma posição de vanguarda na expansão colonial.

Essa Revolução caracteriza-se pelo uso de novas fontes de energia, pela invenção de máquinas que aumentam a produção, pela divisão e especialização do trabalho, pelo desenvolvimento do transporte e da comunicação e pela aplicação da ciência na indústria.
Assim, o nascer da ciência moderna e a revolução industrial estão intimamente relacionados.
Criada em 1698 por Newcomen, patenteada em 1705 e aperfeiçoada por Watt, a primeira máquina a vapor foi feita para drenar água acumulada nas minas de carvão e servindo de base para a mecanização de toda a indústria, como por exemplo, na extração de minério, na indústria têxtil e na fabricação de uma grande variedade de bens que, antes, eram feitos à mão.
Com o navio a vapor substituiu - se a escuna e a locomotiva a vapor substituiu os vagões puxados a cavalo e teve início o funcionamento do primeiro instrumento universal de comunicação quase instantânea, o telégrafo.Em seguida, George Stephenson para ajudar ainda mais revoluciona os transportes com a invenção da locomotiva a vapor, Thomas Edison com a energia elétrica (motores e dínamos) e Diesel com os motores de combustão interna.
Além disso, a revolução industrial desempenhou ainda outro papel importante no desenvolvimento da ciência moderna. A perspectiva de aplicação da ciência aos problemas da indústria serviu de trampolim para estimular o financiamento público da ciência. A criação de escolas técnicas no século XIX e XX encorajou a difusão do saber científico e gerou condições para novos avanços. Em diferentes graus e a diferentes velocidades os governos começaram a financiar a ciência de uma forma mais direta através da criação de bolsas de estudo, fundação de instituições de investigação e conferindo honras e postos oficiais a eminentes cientistas. No final do século XIX o filósofo natural que prosseguia os seus estudos baseado em interesses particulares dá lugar ao cientista profissional com um caráter público.

Fonte: http://www.fisica.net/historia/historia_da_fisica_resumo.php